Aqueles que, em meio às dezenas de espaços que receberiam atrações da Virada Cultural de BH, optaram por acompanhar os shows no Mercado das Borboletas, puderam conhecer o 7 Estrelo, inclusive os que já acompanham a carreira do duo. A apresentação deles no evento, que aconteceu na madrugada de 15 de setembro, foi marcada por novidades que surpreenderam até os que foram ao Mercado exclusivamente para assisti-los. Com a casa lotada, cujo palco principal já tinha, àquela altura, suportado o “peso” de nomes como Elza Soares, Vander Lee e Otto, o duo marcou a estreia do evento à ferro quente.
Entre os clássicos elementos responsáveis pelos traços sonoros do 7 – sintetizador, baixo, guitarra, flautas e microfones – um pequeno instrumento se destacava por seu ineditismo: uma viola caipira. Era o indício de que haveria novidades. O nome 7 Estrelo projetado no fundo do palco pela vídeo-artista Thyala Serena, anunciava que a hora estava próxima. Por volta das 3h, André Lanari e Bruno Tonelli subiram ao palco, ambos de branco, cada um do seu jeito, com seu estilo. Em seis anos de carreira, pouco se viu o show do duo começar tão do início: uma voz de criança contou a lenda indígena que inspirou o nome do projeto; eis a introdução do novo show, gravada por Gustavo Rodrigues, de 3 anos. O minuto seguinte foi explosivo com a apresentação de “Sucupira”, um Israel trance abrasileirado – fruto da parceria com Lior Josh, renomado DJ e produtor israelense – que colocou mola nos pés do público.
A experimental “Maya” foi apresentada na sequência, referenciando a estrela homônima, presente nas Plêiades e o significado sânscrito da palavra, energia. A reflexiva “Sub Humano”, que mistura rock’n roll com sintetizadores rítmicos, foi tocada também pela primeira vez. Posteriormente, a viola caipira mencionada no segundo parágrafo entrou em cena e os dedilhados em suas cordas fizeram a melodia da inédita “Mãos dadas de Todas as Mãos”, um mix de acústico com produção eletrônica meditacional. Os minutos subsequentes foram dedicados a um tour pela carreira do duo, com hits como “As Leis de Um Tambor”, “Terra Vive”, “Longe Estou”, “Dia Branco”, “Como a Lua, o Sol e o Mar” e “Jatemane”.
Entre uma música e outra, as projeções de Thyala Serena complementavam o show com imagens representativas. A aprovação do público ao trabalho geral era facilmente percebida pelos movimentos corporais e feições alegres identificados lá embaixo, enquanto o 7 fazia sua parte lá em cima. Com carisma, talento e gás impressionantes, o duo interpretava cada canção como se fosse a última e, apesar das novas faixas nunca terem sido ouvidas –- já que o novo álbum será lançado somente em 2014 – o calor do público foi intenso durante os 50 minutos de show.
Foto: Ana Morena Fotografia
Por Aline Viana
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