Relatório AME 2014
Saudações ao Programa Música Minas, que exporta a música do seu estado para o mundo!
Gratidão, Honra e Disposição,
Bruno Henrique Ribeiro Tonelli
No dia 6 de abril de 2014, um grupo de 10 pessoas, representantes de vários artistas mineiros, saiu do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, rumo a uma missão inédita para Minas Gerais em Cabo Verde, na África. A missão era participar da Atlantic Music Expo (AME), a segunda edição da primeira feira profissional de música transatlântica, que conecta os mercados das Américas, da Europa e África.
Devido ao curto prazo entre o anúncio do resultado do edital até a realização da viagem, os responsáveis pela ação compraram passagens aéreas com conexão em Portugal, logo, seriam muitas horas de viagem. Os vôos de ida ficaram da seguinte forma:
6 de abril – Saída de Belo Horizonte direto para Lisboa (Portugal) – 9 horas de duração / Aguardo de 6 horas para pegar a conexão / 7 de abril – Saída de Portugal para Praia, Cabo Verde – 5 horas de duração.
Saímos ás 22.35h do dia 6 e chegamos ao destino na noite de 7 de abril, ou seja, depois de quase 24 horas de viagem. A estadia de nossa comissão foi transferida do hotel inicialmente previsto para o hotel Santiago, onde nos estabelecemos após essa longa viagem. Vale colocar que o hotel era muito confortável, com café da manhã e próximo de onde se concentrava o evento.
Dividimos os Grupos e em cada quarto ficaram dois representantes, além de dois produtores do grupo que ficaram em quartos separados e individuais devido a lotação do hotel, e também de outros por toda a cidade, pois além da AME que era um evento direcionado aos profissionais, no mesmo final de semana aconteceria a 6ª Edição do Festival Kriol Jazz na cidade.
Cansados na chegada, pedimos informações a recepcionista que nos indicou um lugar para lanchar e poder descansar, pois era dia 7 de abril a noite, e no dia 8 de abril a AMe se iniciava com conferências e workshops na parte da manhã, precisariamos de energia para os dias que viriam. Comemos e dormimos já de banho tomado.
No dia 8 de abril acordamos para reconhecer onde estávamos, e após o café bem cedo, saímos em direção a AME, e descobrimos o quanto estavamos perto quando o primeiro taxi mostrou quanto pagaríamos por dia pela viagem do hotel até o evento, valor que gataríamos todos os dias desde então: 200 Escudos Cabo Verdianos ( Moeda Local) equivalente à 2 Euros, ou em nossa moeda = R$ 7,00.
Chegamos então ao local onde acontecia a AME. Em meio a uma praça pública vários estandes já montados e nominados, profissionais de todo o mundo e dentre eles o estante do Música Minas, o qual representávamos.
Em um prédio a frente desse praça, conhecido como Palácio da Cultura, acontecia então as primeiras inscrições, cadastros, os workshops, as conferências e os showcases.
A programação e workshops que frequentei pessoalmente:
Dia 8/ 04/2014:
– 10 horas – Conferência de Abertura: A Proposta de ligar as Américas , a Europa e a África. Foi discutido qual a dificuldade de todos esses mercados com relação a produção da cultura musical de seus países e continentes.
– 15 horas – Management: reflexão de qual é o lugar do empresário na vida dos artistas com quem trabalham. Ministrada por Déborah Cohen ( USA) e empresária profissionalmente ativa há anos no mercado, lançou uma frase que deixou todos que estavam presentes, inclusive nossa comissão de representantes surpresos:
‘’ Minas gerais hoje é o estado que mais exporta música e está presente nas feiras mundiais.’’
Confesso que fiquei bem inspirado com essa afirmação, mas pouco era o tempo de reflexão, pois muitos eram os compromissos, a movimentação naquele espaçoe consequentemente as muitas oportunidades que nos cercavam.
Após essas esses dois compromissos, e após muito rodar pela feira, foi então com calma ajudar a construir o nosso estante mineiro que a cada pessoa que chegava se enriquecia mais com os albuns dos artistas que cada um estava representando. Os banners levados pelos representantes do Programa anunciavam nosso estado e nosso objetivo em expandir nossa música, como trocar oportunidades com outros países e estados, como foi o encontro com a Feira da Música de Pernambuco, que também estava comum estande próprio. A Laura Lopes também brilhou ao levar um som que ficava tocando a música do nosso estado que deixava mais ativo nosso estande sempre visitado por todos os tipos de pessoas, como produtores de grandes festivais do mundo, profissioais ligados a música em geral, os representates do governo de Cabo Verde, como também pela própria população que demonstraram grande interesse pela música brasileira.
Assitimos aos dois showcases de Abertura: Daniel Fernandes e Aline Frazão.
O primeiro dia se acabava, e alguns já eram grandes contatos trocados em cartoçes de visitas pessoais, mas vinha a primeira noite e alguns metros do Palácio da Cultura, havia um grande palco montado para as apresentações de Artistas representantes da música Cabo Verdiana, diretamente ligados a produtora Harmonia do País, realizadora da AME e do Kriol Jazz Festival, como também de outros artistas da França e do Caribe. Foi demais, pois pude conversar mais informalmente com muitos dos profissionais da música ali presentes, estreitando os laços como a Julie representante da Womex.
Nessa primeira noite terminamos em um bar que era na rua principal entre a praça dos estandes e o palco dos shows. Durante os shows conheci a Ivana, uma Cabo Verdiana que já morou no Brasil,e agora a reencontrava nesse bar. Ela era amiga do gerente do bar, que estavam tocando alguns músicos que vieram de Pernambuco e eram conhecidos do pessoal da feira da música de lá, me lembro da Clarisse Salles conversando com esse gerente e de repente ela vem com a informação que no próximo dia fariamos um show ali naquele bar, que já estava tudo combinado! Nós achamos demais, pois mesmo indo como produtores representantes, somos artistas e me lembro que além de mim que levou uma Flauta transversal, o Luiz Gabriel e o Makely Ká tinham levado seus violões. Estávamos prontos para a ação.
Voltamos ao hotel e descansamos, para o segundo dia com atividades e compromissos já marcados.
Era dia 9 de abril e fui então para o workshop de Promoção Digital:
-10 horas: Um de nossos hermanos latinos, profissional da área, era responsável pelo worshop e compartilhou suas experiências nesse tipo de ação digital de divulgação de eventos, promoção dos mesmos, e como ele mesmo utiliza essas ferramentas digitais e redes sociais como o facebook e o twiterr. A dica dele é não postar muito a mesma coisa e que quando ele tem um evento importantes ele se organiza para divulgar 30 dias antes, depois 10 dias antes e 2 dias antes. É uma idéia para as pessoas não cansarem da informação, ante a velocidade dos dias de hoje.
Esse dia foi mais uma grande oportunidade de conhecer os profissionais que eu já não conhecia, reencontrar os contatos do dia anterior e trabalhar ainda mais no estande, levando interessados e trocando contatos importantes com meus companheiros de Minas.
Nesse dia também tiramos a foto que ficou histórica e que inclusive foi publicada no Jornal Hoje em dia no dia 14/04 2014, estavma presentes todos os representantes e produtores que foram através das ações do Programa Música Minas.
No fim de tarde saimos para montar os equipamentos no bar e tocar um pouco para pegar o público que saia da feira e ia em direção ao palco, tocamos muitas de nossas músicas, e também de artistas consagrados da música brasileira e mineira.
Fomos nos preparar e a noite estavamos de volta. Para o show ficar mais completo o Francisco Cereno, além de Gestor, um ótimo músico, comprou lá mesmo um Djambê para ritmizar nossa apresentação e foi melhor do que esperávamos. Durantes nossa apresentação, passaram por ali, algumas das pessoas mais importantes que estavam presentes na Feira, entre elas o Todd e o Peter que voces saberão quem são logo abaixo na minha lista de contatos.
O público presente realmente se impressionaram com a riqueza musical proveniente do nosso estado, pois além de tocarmos grandes artistas nacionais como Chico César, Vinícius de Morais, interpretar Milton Nascimente, e até Sepultura, tocamos muitas de nossas músicas próprias, ou as contemporâneas que estão sendo produzidas aqui. Foi realizante!
A missão estava cumprida, o que foi além do que planejamos, mas acordamos já no dia 10 de abril, último dia de feira, e meu último dia na cidade de Praia, em Cabo Verde.
Esse dia foi um dia muito importante, pois tiveram as Speed Meetings, ou reuniões rápidas, dos quais pudemos escolher 5 de todos os profissionais que estavam em um catálogo, para apresentar nosso trabalho e proposta em 15 minutos. (Os contatos das reuniões que tive poderão ser consultados na minha listagem de contatos abaixo).
É importante refletir, que a experiência nas feiras vai além do formal, ante essa eventualidade das reuniões rápidas, me aconteceu uma sacada muito importante, que exponho para a reflexão de todos. Me perguntaram porque eu não iriam escolher o Todd responsável pela SXSW para apresentar meu trabalho que é bem a cara do Festival, minha resposta foi que tinha acabado de ter um encontro de 30 minutos com ele na área de fumantes e tive tempo o suficiente de além de apresentar meu trabalho conhecer um pouco dele como pessoa! Isso é mais um exemplo de como as coisas acontecem, e como já aconteceram outras vezes como no caso do Robert Singerman que até hoje trabalha com o 7 ESTRELO articulando várias oportunidades. Concluindo:
‘’ Em feiras internacionais é muito importante o domínio de línguas mundiais, principalmente o inglês por ser mais simples em gramática e o mundo inteiro ter um representante que o fale!’’
Inesquecível foi o showcase do Dino Santiago, música Cabo Verdiana, que fechou com chave de ouro para mim.
Terminei a tarde em uma conferência com a presença do Chico César, grande artista e representante cultural do nosso país expondo seu lado como artista e também como gestor.
No mesmo dia a noite tive que voltar mais cedo que meu grupo pois estava produzindo e também iria me apresentar em um Festival na região Oeste de Belo Horizonte. Era a volta pelo mesmo caminho:
– Praia, Cabo Verde ————————Lisboa , Portugal.
– Lisboa, Portugal……………………….Belo Horizonte
E no dia 11/04/2014 estava em Belo Horizonte para continuar o trabalho de expandir a música criativa que participo.
Honrado por essa realização, espero poder contribuir ainda mais para a sustentabilidade musical de nosso Estado já tão respeitado internacionalmente.
Todo esse relatório pode ser confirmado pelo documentário produzindo por mim e encontrado no canal do grupo: www.youtube.com/7estrelo
Contatos Importantes AME 2014:
– Produtora Harmonia: www.harmonia.cv ( Cabo Verde )
– Danka Van Dodewaard: www.rasa.nl / www.korzo.nl / www.amsterdamroots.nl ( Festivais UE)
– Los Production: www.losproduction.com ( Paris )
– Amadou Fall Ba: www.africulturban.wordpress.com ( Senegal)
– Todd Puckhaber: www.sxsw.com ( Texas )
– Azores Fringe Festival : www.azoresfringe.com ( Cabo Verde )
– Benjamin Lebrave: www.akawaabamusic.com ( Africa)
– Fruzsina Szép: www.szigetfestival.com ( Hungría)
– Luiz Helenio: www.iatec.com.br ( Rio de Janeiro, Brasil)
– Paula Abreu: Summer Stage Parque (Nova York).
– Flavio de Abreu: www.scubidu.com.br ( São Paulo, Brasil)
– Peter Hvalkof: www.roskildefestival.dk ( Dinamarca)
– Alexandra Ho: Jornalista Cultural em Lisboa (Portugal)
– Sarren Michael Abu: www.sarawaktourism.com ( Malásia)
Isso sim é uma feira de conexão mundial!
Segue abaixo em anexo o material personalizado que levei para a AME:
Meus comprovantes de embarque para prestação de contas:
Link para o vídeo documentário produzido como registro dessa experiência: